O Son-Rise é um programa de intervenção, aplicado maioritariamente no autismo. No entanto, é passível de aplicação em casos de atraso no desenvolvimento onde se observem comportamentos semelhantes. Centrado na criança, foi criado pelo casal Barry e Samahria Kaufman, nos EUA. Em que definiram o autismo como uma perturbação relacional e interactiva. O que na sua essência representa um desafio neurológico onde a criança tem dificuldades de relacionamento e de conexão com as pessoas à sua volta.
Tem como base o respeito e a aceitação, pelo que vai permitir que a criança com diagnóstico dentro do espectro do autismo possa desenvolver-se no seu próprio mundo antes de lhe pedirmos que faça parte do nosso, por outras palavras, em vez de tentarmos mudar o comportamento, vamos juntar-nos a ele.
É uma abordagem que usa as motivações específicas de cada criança para lhes ensinar as competências que necessitam de adquirir. Desta forma, a criança participa espontaneamente, sendo que o período de atenção interactiva aumenta, o que resulta num alargamento das suas competências.
Este programa pode ser aplicado em todas as faixas etárias.
Como aplicamos o método:
- Criamos um ambiente livre de distracções onde as interacções são facilitadas – playroom. Este espaço diminui os estímulos excessivos do ambiente que provocam tensões nas crianças ou adultos com autismo e os inibem de progredir e interagir.
- Temos na base de toda a interação uma atitude assente em 3E’s: Energia, Empolgamento e Entusiasmo.
- Em vez de bloquearmos a estereotipia, juntamo-nos a estes seus comportamentos ritualistas e repetitivos e desta forma criamos afinidades e ligações.
- Celebramos e agradecemos cada sinal que nos é dado e cada pequena conquista.
- Propomos jogos estimulantes e criativos.
- Incentivamos o contacto visual agindo de forma divertida. Sendo possível através do exagero e variação de expressões faciais, tons de voz e movimentos corporais adaptado a cada faixa etária.
- Trabalhamos a flexibilidade comportamental.
- Estimulamos a comunicação verbal e não verbal de forma adequada, encorajando a criança/adulto a usar-nos para comunicar e assim perceber os benefícios da socialização com o outro.
Acreditamos que quando os pais se focam na sua atitude, optimismo e esperança em relação ao seu filho conseguem ver o seu potencial e definir objectivos!