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A importância dos programas de reabilitação intensiva

Durante as diferentes fases do neurodesenvolvimento – desde o período intrauterino até á idade adulta – deparamo-nos, por vezes, com situações que interferem com o seu curso normal. Quando tal ocorre e, de alguma maneira, interfere com a participação do individuo nos diferentes contextos ocupacionais, de um modo transitório ou de um modo permanente, faz sentido falar de reabilitação/habilitação. Neste artigo iremos falar sobre a importância dos programas de reabilitação intensiva.

Resultados baseados na evidência comprovam que a intervenção de equipas multidisciplinares e a intensidade de programas terapêuticos, actuam transversalmente no processo de reabilitação. Além disso, produzem efeitos benéficos tanto na velocidade como na efectividade da recuperação ao nível das diferentes funções. O que consequentemente vai aumentar a funcionalidade nos diferentes contextos ocupacionais.

Os diferentes Programas de Reabilitação Intensiva

Os programas de reabilitação intensiva têm sempre por base uma avaliação multidisciplinar. Aqui serão aferidas as áreas a reabilitar/habilitar, tendo por base as necessidades do utente e dos seus cuidadores, a sua faixa etária e patologia. A partir daqui é delineado um programa de intervenção terapêutica que irá assentar em uma ou mais abordagens. Tendo sempre em conta a sua efetividade, de modo a potencializar a reabilitação/habilitação.

A intensidade da reabilitação refere-se ao aumento do tempo ininterrupto do plano de intervenção, relativamente à repetição e treino dos exercícios. A carga horária pode variar entre 4 a 6 horas por dia, durante 4 semanas.

Os programas de reabilitação intensiva podem estar mais direcionados para uma determinada área – motora, cognitiva e/ou sensorial. Que vai depender das necessidades do indivíduo contudo, devido à intensidade e estruturação do plano terapêutico é comum verificarmos evolução em todas as áreas.

A quem se destina os programas de reabilitação intensiva?

Estes programas, desde que adequados e combinados, estão indicados para todas as idades, e para diversas patologias, como por exemplo alterações neurológicas congénitas ou adquiridas. Tais como, síndromes genéticos, paralisias cerebrais, Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC’s) e Traumatismos Cranioencefálicos (TCE’s).

Quais os benefícios?

Está provado, com fundamentação fisiológica baseada nas teorias de aprendizagem, que a repetição de tarefas ou de exercícios potencia grandemente as conexões nervosas promovendo deste modo o aumento da plasticidade sináptica. Desta forma, ao implementarmos um programa de reabilitação intensivo, pretendemos precisamente potenciar a modelação do sistema nervoso central de modo sistematizado, organizado e repetido durante um período de tempo. Com o objectivo de favorecer ao máximo a aquisição e integração de novas competências que de outro modo não seriam tão rapidamente adquiridas. Esta intervenção repetida diariamente permite uma aprendizagem mais eficaz de novas aptidões a nível motor, cognitivo, da linguagem e sensorial.

No final de um programa de intervenção intensiva, pressupõe-se sempre a continuidade do processo de reabilitação para que os ganhos obtidos sejam mantidos. Uma nova abordagem intensiva pode e deve ser reiterada, ao final de um período de 3 a 4 meses. Para desta forma permitir ao sistema nervoso central um novo input de estímulos. Com o objectivo de potencializar competências que ficaram eminentes no programa intensivo anterior bem como, outras tantas que poderão agora ser adquiridas.

Que métodos/protocolos se aplicam na reabilitação intensiva?

Fazem parte dos nossos programas intensivos diferentes abordagens terapêuticas que, após aferidas as necessidades do utente, aquando da avaliação, podem ser combinadas de acordo com o pretendido.

São eles:

Veja o nosso Facebook Live acerca da importância dos programas de reabilitação intensiva:

Para ficar a saber mais um pouco sobre:

Método CME: http://www.cuevasmedek.com

Protocolo PediaSuit: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-51502012000300002&script=sci_abstract&tlng=pt

Ozonoterapia: http://www.spozonoterapia.com/